sexta-feira, 8 de maio de 2009

Superficial.

Sim, é tão ruim ser eu mesma. E o pior: as máscaras também não me satisfazem. Não importa o que eu faça, jamais serei outra pessoa; nada vai poder limpar tudo isso. Nada. Nunca. Uma maldição, uma aberração, um grande problema.
Elefantes rosa que ninguém vê. Tão berrante, com tantas marcas. Menininha doente. Doença só serve quando é física. Só se pode cuidar de algo tocável; se eu tivesse morrido, talvez recebesse flores.
Odeio-me, sempre implorei a morte, sempre cheguei a extremos e ninguém jamais viu nada disso. Ninguém me viu cair... E agora, me seguraram de uma outra queda, apenas para que eu caia de um lugar mais algo, em um chão mais doloroso. E eu procuro motivos, procuro por mim mesma. E tudo que encontro é destruição; vazio.
Dou-me corda, mais uma vez, para ser outra pessoa. E isso é bom, isso me mantém viva. A sobrevivência também pode ter marcas. Posso ser quem quiser; fazer o que quiser, exceto fugir de mim mesmo e do monstro que aperfeiçoei por tantos anos...
Não sei, duvido que qualquer pessoa um dia vá me ver de verdade. Proteger-me-ei de todos os jeitos. Por melhor que eu possa ser, por melhor que o Erick tenha sido, não é nada disso que importa. E continuo procurando. Sem na verdade nem saber o quê...


OBS: Erick, o “Fantasma da Ópera”. – do filme, O Fantasma da Ópera.

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